Entenda, neste conteúdo, o que é a diligência prévia, a importância da due diligence imobiliária e quais os documentos necessários para uma análise completa.
- O que é due diligence?
- Importância da due diligence imobiliária
- Documentação para due diligence imobiliária
- Dificuldades de implementar um sistema de due diligence eficiente
- Como a tecnologia pode auxiliar os processos de due diligence
Quais os documentos necessários para uma due diligence Imobiliária em 2023?
O processo de due diligence consiste na busca completa de informações sobre uma empresa ou pessoa a fim de entender sua situação atual para validar as possibilidades de se fazer uma boa fusão ou negociação.
Essa investigação, geralmente, é realizada na fase pré-contratual, em que se analisa todos os aspectos envolvidos na negociação, verificando a oportunidade de negócio.
O que é due diligence?
Due diligence ou diligência prévia é o método de análise detalhada acerca da empresa, seus sócios, parceiros, fornecedores, clientes, contratos, situação financeira, passivos fiscais, trabalhistas e cíveis com o objetivo de assegurar transações, aquisições e fixar um preço final de operações.
Inicialmente, a expressão era utilizada para nomear trabalhos complexos empresariais que eram realizados em conjunto com profissionais da área jurídica, financeira e contábil. Contudo, com o passar do tempo, a operação de diligência se estendeu para outras áreas, como transações de imóveis e até contratação de c-levels em empresas.
Desta forma, a due diligence pode ser aplicada em todas as zonas de riscos inerentes à diversos âmbitos da empresa:
- Jurídica;
- Financeira;
- Previdenciária;
- Trabalhista;
- Imobiliários;
- Fiscal-contábil
Importância da due diligence imobiliária
A due diligence é uma avaliação minuciosa de diferentes aspectos de uma corporação, com a finalidade de identificar fatores de riscos e gerar oportunidades de negócios, como transações, fusões, abertura de capital, compra e venda de bens.
Assim, a execução da due diligence imobiliária traz segurança tanto para o vendedor quanto para o comprador com a obtenção dos documentos de todos os envolvidos na operação e as informações do estado, físico e jurídico, em que o imóvel se encontra. Ou seja, a verificação é uma forma de garantir, por exemplo, que processos e dívidas do dono do imóvel não vão prejudicar o empreendimento e ocasionar até perda do bem.
Essa análise dá uma visão ampla sobre o imóvel negociado, estabelecendo mecanismos que garantam a segurança, prevenção de fraudes e equilíbrio entre preços e riscos.
No setor imobiliário, a due diligence inclui uma análise profunda de toda a documentação referente a um determinado imóvel, desde a investigação de processos judiciais e administrativos, se estendendo a todo o período de existência daquele bem.
Ou seja, é um procedimento necessário para evitar problemas futuros sobre compra ou venda de imóveis, e que beneficia a todos os envolvidos na negociação, inclusive o corretor, que é obrigado por lei a prestar todas as informações sobre o negócio ao cliente.
De acordo com a redação dada pela Lei nº 12.236, de 2010: “Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência.”
Documentação para due diligence imobiliária
Fazer a due diligence imobiliária é importante para garantir segurança e transparência da transação. Assim, uma série de documentos e certidões são solicitados para a realização da due diligence imobiliária 2023, que abrange as diferentes partes envolvidas na negociação: documentos do imóvel, documentos do vendedor e documentos técnicos.
Esse processo costuma ser realizado por advogados ou corretores de imóveis com experiência em direito imobiliário, mas, em casos menos complexos, o próprio interessado pode conferir os documentos e validá-los. Confira o checklist:
Documentos do Imóvel
- Certidão de Matrícula, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis;
- Cópia do Título de Propriedade do Imóvel, que pode ser: Formal de partilha, escritura pública, sentença, contrato de compromisso de compra e venda;
- Certidão de Ônus Reais do imóvel;
- Carnês de IPTU;
- Guias de ITBI pagas;
- Certidão Negativa de Tributos Municipais e Federais;
- Certidão do cadastro de contribuintes do imóvel atualizada com seu respectivo histórico;
- Comprovantes de pagamento de contas de água, luz, telefone e gás;
- Declaração da prefeitura afirmando que o imóvel não está em local objeto de desapropriação, tombamento ou nas proximidades de imóveis tombados;
- Certidão de regularidade ambiental;
- Certidões de Regularidade, no caso de imóveis especiais (tombados ou objetos de enfiteuse): Certidão Autorizativa de Transferência de Ocupação e Certidão de Situação de Ocupação.
Documentos Técnicos
- Convenção de condomínio e seu respectivo regulamento interno, quando for o caso;
- Cópia do registro de incorporação;
- Planta da unidade ou da casa;
- Habite-se (Auto de Conclusão de Obra);
- Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros;
- Alvarás e projetos aprovados pela Prefeitura;
- Projetos: hidráulicos, elétricos, estruturais;
- Levantamento Planialtimétrico, Certidão de Licenciamento Ambiental, no caso de grandes terrenos ou áreas rurais;
- Memorial descritivo;
- Se a obra for executada por engenheiro: Anotação de Responsabilidade Técnica;
- Se a obra for executada por arquiteto: Registro de Responsabilidade Técnica;
- Certidão Negativa do Imposto Sobre Serviço (ISS), que faz referência ao município;
- Certidão Negativa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), correspondente ao governo federal.
Documentos do vendedor, cônjuge (se houver) e de todos os proprietários anteriores no período mínimo de 15 anos:
- Documentos pessoais (RG e CPF);
- Comprovante de residência;
- Declaração de participações societárias, se for o caso;
- Consulta completa no SPC;
- Consulta completa no SERASA;
- Certidão Negativa de Protesto de Títulos pelo período de pelo menos 10 anos;
- Certidão Negativa de Tributos Federais, FGTS e estaduais;
- Certidões de ações na Justiça Estadual Cível, Criminal, na Justiça Federal e na Justiça do Trabalho;
- Certidão Negativa de Débitos;
- Contrato Social atualizado, caso o vendedor seja pessoa jurídica, bem como CPF e RG dos representantes legais, ata de autorização da venda do imóvel, certidão de regularidade da empresa na Junta Comercial do Estado e na Receita Federal.
Para a due diligence, cada documento é imprescindível e representa uma possibilidade de negociação sem riscos, arrependimentos e, até mesmo, reduzir impasses e estimular a operação.
Dificuldades de implementar um sistema de due diligence eficiente
São inúmeras as dificuldades e os obstáculos que podem aparecer no decorrer dos processos de due diligence. O principal deles é a obtenção de toda a documentação exigida em tempo hábil.
Afinal, as certidões possuem prazo de vencimento e sem todos os documentos necessários no prazo de validade, é inviável finalizar a transação.
As incorporadoras, por exemplo, realizam vários processos de due diligence com a necessidade de obtenção de muitos documentos.
Para solicitar e emitir todas essas informações, o time interno precisa abrir mão das ações estratégicas e que estão associadas ao core business para investir nesta busca. Ao realizar esse processo, alguns problemas podem surgir, como:
- Documentação fora do padrão exigido;
- Atrasos nos prazos de entrega;
- Falta de informação;
- Documentação e processos descentralizados;
- Riscos de perda de dados.
Ou seja, diversas questões geram a imprevisibilidade orçamentária e desviam a equipe do foco principal da empresa. Entretanto, com a tecnologia certa, é possível trabalhar com inúmeros documentos de uma forma integrada e eficaz.
Como a tecnologia pode auxiliar os processos de due diligence
A Docket é uma legaltech que oferece infraestrutura e tecnologia para otimizar as operações que dependem de documentos de ponta a ponta para as empresas em todo Brasil.
Por meio de um software — o Shopping de Documentos —, é possível gerir toda a documentação, que auxilia desde a due dilligence da aquisição do terreno até a venda do imóvel, passando por regularização fiscal (CNDs), Certidão de Distribuição (Cíveis e Fiscais), matrícula dos imóveis, escritura, IPTU, CNDs, Certidões de Distribuição, entre outros documentos.
Com um fluxo simples e automação de várias operações, é possível centralizar os processos, desde a fase da solicitação até a análise dos ônus.
Uma das funcionalidades que ajudam nessa análise é a inteligência artificial Real Estate Analysis (R.E.A.), que realiza a pré-análise das matrículas de imóveis de forma rápida, segura e eficiente, diminuindo o trabalho da equipe de backoffice.
Além disso, a ferramenta de Alvarás e Licenças, oferece ganhos operacionais para a gestão rápida e eficiente de documentos regulatórios, acabando de vez com problemas de perda de prazos.
Obrigado pela informações
Por nada, Bruno!
Saiba que nós, da Docket, podemos trazer ainda mais eficiência para esteira de processos da sua equipe.
Abraços!
Excelente! Parabéns.
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