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Written by 08:00 Bancos, Notícias

Como a Decisão do Copom Afeta o Crédito imobiliário e Outros Produtos Financeiros Relevantes Para o Mercado

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O Copom optou pela manutenção da Selic em 10,50% ao ano. Embora essa política mantenha o custo de crédito elevado, o crédito imobiliário é menos afetado devido à sua estrutura de financiamento, que depende principalmente da poupança e de instrumentos financeiros indexados aos juros futuros.

Veja mais a seguir.

Visão geral

O crédito imobiliário é uma linha de financiamento que permite a aquisição de imóveis novos ou usados. Este processo é realizado por meio de uma instituição financeira ou programa de crédito habitacional, geralmente oferecendo taxas de juros mais atrativas em comparação a outras linhas de financiamento.

Atualmente, 65% dos recursos aportados na poupança são direcionados para crédito imobiliário e 80% destes devem ir para  financiamentos de imóveis até R$1 milhão. Existem instrumentos financeiros, com isenção de IR, focados em financiar imóveis que podem ser adquiridos por pessoas físicas ou investidores institucionais, como Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letra Imobiliária Garantida (LIG).

No primeiro trimestre de 2024, o volume de crédito imobiliário financiado foi de R$ 33 bilhões, apresentando uma retração de 17,3% em relação ao mesmo período de 2023. Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) totalizaram R$ 12,9 bilhões em março de 2023, uma queda de 26,1% em relação a março do ano anterior.

Qual a dinâmica entre Selic e crédito imobiliário?

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em junho, decidiu-se pela manutenção da taxa básica de juros brasileira em 10,50% ao ano. Esta decisão reflete uma política monetária restritiva, mantendo o custo de crédito elevado para empréstimos e financiamentos atrelados à Selic.

No entanto, o crédito imobiliário tende a ser menos afetado do que outros setores pela manutenção dos altos juros no Brasil Aproximadamente 60% do funding do crédito imobiliário provém da poupança, e os outros 40% de instrumentos como LCI e LIG, que são menos impactados pela Selic de curto prazo.

A poupança custa aos bancos uma taxa referencial (TR) mais 0,5% ao mês, enquanto os outros instrumentos financeiros voltados ao mercado imobiliário são indexados ao DI ou à Selic de longo prazo, dado que os financiamentos imobiliários têm prazos de 20 a 30 anos.

Portanto, apenas variações muito intensas nas taxas de juros alteram significativamente o custo do crédito imobiliário no curto prazo.

Crédito imobiliário e o longo prazo

Embora a contratação do crédito imobiliário seja uma decisão de longo prazo, atualmente é possível contar com a modalidade de portabilidade habitacional, uma modalidade já amadurecida, que permite ao mutuário transferir seu financiamento habitacional de uma instituição financeira para outra, mantendo as mesmas condições do valor principal do contrato original, como o saldo devedor e o prazo.

O cliente poderá simular taxas menores com outras instituições, e a instituição atual terá a chance de renegociar e reter, mas caso ele opte pela troca, a transferência será mediada pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).

A Docket pode simplificar todo esse processo burocrático por meio de suas soluções para emissão, interpretação e gestão de documentos na esteira do crédito imobiliário. Com a análise de documentos via inteligência artificial, por exemplo, é possível interpretar contratos sociais e procurações em até 52 segundos, conferindo uma entrega muito mais eficiente e assertiva.

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