Segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Escola de Estudos Agrários da USP (Esalq), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio no Brasil, cresceu 3,81% no ano de 2019.
Diferente do PIB agropecuário divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que avalia somente o que é produzido dentro da fazenda, o levantamento do CNA conta o agronegócio como um todo, incluindo as agroindústrias (como frigoríficos) e o setor de serviços (como transporte de mercadoria).
Segundo o instituto, o setor representa 21,4% do PIB total do país. Em nota, o CNA afirma que: “É uma alta importante após dois anos sucessivos de resultados pouco favoráveis ao setor, que vinha sofrendo com preços relativos cada vez menores”.
Segmentos do agronegócio
Olhando especificamente para os segmentos, a pecuária foi o principal ramo com alta de 23,71%, insumos (5,54%), agroindústria (4,99%) e agrosserviços (6,77%) também tiveram crescimento.
“Embora, em geral, a demanda interna não tenha atendido às expectativas dos agentes de mercado, tendo ficado enfraquecida em grande parte do ano, o bom desempenho das exportações de carnes foi um dos principais fatores a assegurar o excelente resultado do PIB do ramo”, segundo o centro.
A Peste Suína Africana (PSA), que atingiu os países asiáticos, resultou em um forte aumento na demanda mundial pelas carnes, elevando os preços das proteínas animais. Com isso, os empresários ampliaram a produção e a venda para o exterior a preços mais altos.
Além da pecuária, um importante aumento na exportação de milho, algodão, café, frutas e etanol foi decisivo para o crescimento do setor.
Já o ramo agrícola isoladamente, teve um recuou de 3,46%. Segundo o Cepea: “a queda de 13,95% no PIB do segmento primário agrícola, que, por sua vez, foi influenciado pela combinação entre o crescimento do custo de produção e a redução de preços de produtos importantes, como algodão, café, mandioca e soja”.
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