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Written by 09:36 Notícias, Varejo

O “novo normal”: tendências do varejo pós-pandemia

O “novo normal”: tendências do varejo pós-pandemia
tendências do varejo

As mudanças nos hábitos de compras dos consumidores em decorrência do isolamento social, ao que tudo indica, vieram para ficar. O que parecia ser um comportamento passageiro, que mudaria assim que a pandemia acabasse, está se transformando no “novo normal”, e as empresas, principalmente o varejo, terão que se adaptar a esse novo padrão de consumo rapidamente.

Nos primeiros dias de isolamento, viu-se uma corrida aos mercados. O cenário de guerra tinha como pano de fundo as filas intermináveis nos caixas e prateleiras vazias de papel higiênico, produtos de limpeza e álcool. Tudo para os estoques dos dias difíceis que viriam.

Enquanto algumas categorias viveram um boom de procura, outras tiveram queda drástica de vendas. De acordo com dados da Nielsen colhidos entre 1º e 21 de março, às pessoas gastaram 76% a mais com suprimentos domésticos e 46% com alimentos embalados.

Já os eletrônicos, por exemplo, tiveram queda de 36% no mesmo período. E houve perdas também em setores como os de eletrodomésticos e vestuário.

Passadas as filas dos primeiros dias, começamos todos a evitar deslocamentos. Para isso, recorremos ao e-commerce para as pequenas e grandes compras.

Aumento do comércio eletrônico

Segundo a pesquisa da McKinsey & Company Global Management Consulting, os consumidores passaram a gastar um tempo significativo em atividades domésticas. Para contornar as restrições do isolamento, adotaram soluções digitais e de baixo custo, como videoconferência e delivery para uma gama cada vez maior de produtos. Olhando para o “novo normal”, cerca de 40 a 60% dos consumidores pesquisados que adotaram esses novos hábitos de consumo, pretendem continuar após a pandemia. 

Enquanto os locais físicos estavam fechados, as compras online dispararam. Mesmo agora que o comércio está abrindo lentamente, ainda vemos mais e mais consumidores optando pela conveniência e segurança das compras diretamente de suas casas.

Foco na saúde e bem-estar

O mercado está vendo mais pessoas adotando estilos de vida mais saudáveis, itens como suplementos que aumentam a imunidade, produtos de limpeza para uso doméstico, fitness e meditação em casa passaram a ocupar um local de destaque na lista de compras dos consumidores.

Faça você mesmo

Outra tendência de consumo no pós-pandemia é o faça você mesmo. O conceito Do it Yourself (DIY), que surgiu nos anos 70 nos Estados Unidos, ganhou força nos últimos meses, principalmente pelo fato de os consumidores colocarem uma visão um pouco mais pessoal para os produtos – fato que foi impulsionado pelas redes sociais e pelos criadores de conteúdo nas plataformas digitais. 

As mídias sociais trazem essa visão de pessoalidade dos produtos, temos desde o pequeno empreendedor que perdeu o emprego e começou a produzir por conta própria, quanto alguém que começou a treinar sozinho em casa e não vê mais a necessidade de um plano de academia, por exemplo.

O prazer de ‘fazer você mesmo’ começa a ser, de novo, inserido no dia a dia do consumidor, bem como os benefícios trazidos pelo modelo, sejam financeiros ou emocionais.

Consumo mais seletivo

A alteração do ritmo da vida e a eliminação de tudo aquilo que pode ser considerado não essencial, é uma das características do novo perfil de consumo. Uma visão mais crítica e analítica sobre o que consumimos e o porquê pode levar muitos consumidores a repensarem suas necessidades de compra.

A pandemia trouxe novas concepções sobre os produtos e serviços e como o uso deles impacta a vida de cada um, com isso as pessoas passaram a valorizar mais os momentos e as experiências do que o item ou o serviço em si.

Conclusão

Nesse novo paradigma, as marcas precisarão pensar além do produto e procurar impulsionar a lealdade do consumidor, fornecendo experiências verdadeiramente relevantes. O covid-19 tem acelerado processos que já eram inevitáveis, como a digitalização e personalização dos atendimentos.

Ao repensar a experiência de ponta a ponta do consumidor, as marcas têm agora a oportunidade de fazer realmente a diferença na vida das pessoas que servem, por meio dos produtos que fornecem e do conteúdo ou serviços entregues.

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