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Written by 15:54 Agronegócio, Notícias

COP 26: a participação do Brasil e o papel do agronegócio

A 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP 26, marca a intenção do Brasil para uma potência de inovação sustentável até 2050.

Essa imagem mostra um agricultor analisando o plantio de milho.
Saiba tudo sobre a COP 26.

TL;DR: A 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP 26, marca a intenção do Brasil para uma potência de inovação sustentável até 2050. 

Continue a leitura e entenda o que é essa conferência, o posicionamento do Brasil e os impactos para o agronegócio nacional. 

O que é COP 26?

COP é a sigla para Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e o número 26 marca a vigésima sexta edição do evento, realizada em Glasgow, na Escócia, e teve início no dia 31 de outubro.

Essa conferência reúne representantes de 196 países que assinaram o Acordo de Paris — um tratado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima — para debater justamente sobre o clima e o meio ambiente, as ações de desenvolvimento, preservação e a tentativa de reduzir a emissão de gases que provocam efeito estufa e aquecimento global. 

Qual o posicionamento do Brasil na COP 26?

Representados pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o Brasil vai apresentar uma proposta de crescimento verde, com geração de “emprego verde” e a transição para uma economia sustentável até 2050. O principal ponto de debate do país é buscar um consenso em temas relevantes, como o financiamento climático. 

Segundo o ministro em publicação oficial no site do Governo, “estamos desenhando uma COP em que possamos aproveitar para mostrar a todo mundo um Brasil que cuida das suas florestas e que, sim, é uma economia de baixa emissão de gases de efeito estufa”.

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O mercado de crédito de carbono 

O crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera, que contribui para a mitigação do efeito estufa. Para consegui-lo é necessário tomar algumas medidas, como a substituição de combustíveis em fábricas, em que elas deixam de usar biomassas não renováveis, como lenha, e passam a usar biomassas renováveis, que emitem menos gases geradores de efeito estufa e contribuem para a diminuição do desmatamento.

Essa “moeda” é usada no mercado de carbono, em que empresas que possuem um nível de emissão muito alto e poucas opções para redução podem fazer a compra para fazer a compensação. Dessa forma, elas também contribuem para o projeto de diminuição dos gases que causam o efeito estufa. 

O ministro Joaquim Leite afirma que o Brasil pode se beneficiar desse crédito por ser um país com baixa emissão de gases de efeito estufa e que está no caminho certo para atingir as metas de redução. Para o ministro, seremos uma referência mundial de exportador de crédito de carbono para outros lugares que ainda não conseguiram diminuir a emissão. 

Programa Nacional de Crescimento Verde

Ainda para o site oficial do Governo, Leite explicou o que é essa iniciativa que será apresentada na COP 26:

“O Programa começa com a criação de um comitê de mudança do clima e crescimento verde, em que dez ministérios vão atuar de maneira integrada, olhando para a redução de emissões de gases de efeito estufa, para a conservação florestal e para o uso racional dos recursos naturais. Esses são os critérios-base para ser considerado verde, mas, ao mesmo tempo, gerar o emprego verde. Entendemos que com essa política de integração no Governo Federal, com dez ministérios aderindo, essa será uma das principais agendas dos próximos anos para crescer o país gerando oportunidades”.

O papel do agronegócio

O agronegócio tem um papel fundamental para atingir esses objetivos traçados. Isso porque cerca de 220 milhões de hectares — aproximadamente 45% — das florestas nativas do país estão em propriedade privada. Em entrevista, Joaquim Leite disse que “agricultura sustentável não é só no processo de produção, mas o volume de prestação dos serviços ambientais que os produtores rurais executam protegendo suas áreas de florestas nativas”.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, acredita que o agronegócio deve contribuir para a descarbonização ativa, sem que isso influencie na competitividade do setor e a segurança alimentar da população. Para ela, a COP 26 é a oportunidade para estabelecer como o agro pode contribuir para a diminuição da emissão de gases causadores do efeito estufa e endereçar nossas necessidades de adaptação em relação à mudança do clima. 

Dessa forma, o Governo atua em três eixos principais para o desenvolvimento sustentável: economia, ambiente e cidadãos. Os esforços estão concentrados para a inovação e produção verde, a regularização fundiária e inserção produtiva da agricultura familiar.

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