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Relatório Trimestral de Inflação: como foi o comportamento da política monetária em 2023?

Relatório Trimestral de Inflação: como foi o comportamento da política monetária em 2023?
Relatório Trimestral de Inflação apresenta análise do comportamento do índice em 2023 e perspectivas para 2024. Saiba mais!

Relatório Trimestral de Inflação apresenta análise do comportamento do índice em 2023 e perspectivas para 2024. Saiba mais!

O Banco Central do Brasil (BC), como autoridade monetária do país, tem poder de intervenção direta sobre o sistema financeiro nacional. O BC faz isso por meio de alguns instrumentos de política monetária, como a Selic, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e outros estudos e relatórios periódicos.

O último RTI foi publicado em 21 de dezembro de 2023 e apresenta uma análise profunda sobre o comportamento da inflação no último trimestre de 2023, bem como as projeções para os próximos anos. Veja a seguir nossa análise sobre o relatório e as perspectivas para 2024. 

Como foi o comportamento do Relatório Trimestral de Inflação em 2023?

O Relatório Trimestral de Inflação é um documento publicado trimestralmente que apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), considerações sobre a evolução recente do cenário econômico e projeções para a inflação. 

Com isso, além de fornecer dados para decisões importantes de famílias, empresas, bancos e outras instituições, o Banco Central dá maior transparência às decisões de política monetária, contribuindo para sua eficácia no controle da inflação.

A expectativa do BC sobre a inflação para 2023 caiu para 4,6%. O percentual está abaixo dos 5% registrados no relatório anterior e também está dentro do intervalo de tolerância estabelecido pelo do regime de metas de inflação, cujo centro é 3,25% ao ano. 

Quais são as razões por trás do comportamento do Relatório Trimestral de Inflação?

As expectativas do Banco Central melhoraram por conta de uma avaliação geral mais otimista com diversas variáveis da economia brasileira. A autarquia previu um crescimento do crédito no país de 6,8% em 2023, ante estimativa de 7,3% feita em setembro, fruto de uma a expectativa de crédito às famílias de 8,6% versus 9,9% do relatório anterior. Para as empresas, o valor subiu para 4,1%, versus 3,4% no último relatório.

O BC também melhorou sua estimativa para o resultado das transações correntes neste ano. De acordo com o RTI, o déficit será de US$26 bilhões, ante saldo negativo de US$36 bilhões projetado no relatório anterior. O BC reduziu sua expectativa com a entrada de Investimentos Diretos no País (IDP), que passou para US$60 bilhões em 2023, sobre US$65 bilhões antes. 

Esse movimento todo reflete menor ímpeto sobre consumo e investimentos, o que, consequentemente, exerce uma pressão menor sobre os preços. Em grande parte, esse movimento também é fruto dos juros ainda altos praticados no país ao longo de 2023. 

Por esta razão, a avaliação do BC é mais otimista, tanto sobre 2023, quanto sobre 2024. 

O que podemos esperar para 2024?

O RTI apresentou a estimativa para a inflação em 2024 em torno de 3,5%. Essa projeção já havia sido divulgada no comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que reduziu a Selic de 12,25% para 11,75%.

Para 2023, o centro da meta de inflação é de 3,25%, sendo 1,75% o piso da meta e 4,75% o teto, No entanto, de 2024 em diante, o alvo central é de 3% com bandas de 1,50% a 4,50%. Portanto, o Banco Central espera uma inflação 0,50 pontos porcentuais acima do centro da meta, mas dentro do intervalo de tolerância

No último Boletim Focus do ano, os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central estimavam um IPCA de 3,91% em 2024.

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