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Queda nas vendas do varejo em 2024 não preocupa, mas deixa mercado em alerta

vendas no varejo em 2024

Vendas do varejo cai no início de 2024, mesmo fechando 2023 com um aumento positivo. Entenda as tendências para os próximos meses!

As vendas do varejo em 2024 começaram com um ritmo mais lento, apesar de um fechamento positivo em 2023. Este cenário, embora não seja motivo de grande preocupação, acende um sinal de alerta no mercado. 

Acompanhe as tendências e o que esperar para os próximos meses neste panorama detalhado.

Entendendo o Cenário Atual

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), conduzida pelo IBGE, oferece um vislumbre dos altos e baixos do comércio varejista brasileiro ao longo de 2023. O ano foi marcado por um crescimento modesto, intercalado por períodos de estabilidade e algumas quedas, refletindo os diversos fatores econômicos e regionais que influenciam as vendas no varejo.

O término de 2023 registrou um leve otimismo, apesar dos desafios impostos pela desaceleração econômica e instabilidades externas. Para 2024, as expectativas giram em torno de um cenário um pouco mais favorável para o setor.

Acompanhe a análise a seguir. 

Análise dos Índices Divulgados

No final de 2023, observou-se uma queda de 1,3% no volume de vendas do varejo, contrastando com o crescimento acumulado de 1,7% ao longo do ano. Este recuo, o maior desde fevereiro de 2023, sinaliza uma contração no setor, afetando seis dos oito segmentos analisados. Equipamentos de escritório e informática, móveis e eletrodomésticos, e outros itens de uso pessoal e doméstico foram os mais impactados.

Por outro lado, combustíveis e supermercados registraram crescimentos, indicando uma resiliência em certas áreas do varejo. Regionalmente, a variação nas vendas foi significativa, com alguns estados apresentando recuos e outros, avanços.

vendas do varejo em 2024 2

Quais são os principais elementos do índice?

O desempenho negativo das vendas do varejo afetou seis dos oito segmentos estudados. As quedas foram mais acentuadas em:

  • Equipamentos de escritório e informática (-13,1%);
  • Móveis e eletrodomésticos (-7,0%);
  • Outros itens de uso pessoal e doméstico (-3,8%).

Vestuário e calçados, livros, materiais de papelaria e produtos farmacêuticos também viram reduções em suas vendas.

Contrariando essa tendência, combustíveis e supermercados apresentaram crescimentos de 1,5% e 0,8%, respectivamente.

No varejo ampliado, veículos e materiais de construção tiveram variações de −4,5% e 0,4%. 

Regionalmente, 13 estados apresentaram recuo nas vendas, com Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná liderando as quedas. Por outro lado, Alagoas, Amapá e Goiás destacaram-se com os maiores avanços.

Na comparação do varejo ampliado, os resultados negativos foram ainda mais abrangentes, com contração podendo ser observada em 20 estados, com Espírito Santo, Paraná e Tocantins sofrendo as maiores baixas.

No entanto, sete estados, incluindo Alagoas, Amapá e Distrito Federal, exibiram crescimento, indicando uma variação positiva em algumas regiões.

O que esperar das vendas do varejo para 2024?

Apesar dos números da PMC terem se mostrado aquém do esperado, as perspectivas para as vendas do varejo em 2024 apontam para um contexto mais promissor, mesmo que o avanço permaneça modesto.

Embora a Black Friday tenha demonstrado um desempenho abaixo das expectativas do mercado em novembro, tendo em vista o avanço marginal de apenas 0,1% no período, a data continuou a impactar o mês de dezembro, uma vez que parte considerável das compras do fim de ano acabaram por ser adiantadas. 

Já em 2024, o ciclo de cortes da Selic, iniciado em agosto do ano anterior, deve começar a impactar o varejo ainda no primeiro trimestre deste ano. Tal efeito pode ser ampliado pelo fato da expansão de crédito advinda dos juros mais baixos estar se concentrando principalmente em torno do consumo das famílias, o que deve beneficiar de maneira desproporcional o comércio varejista.

De outra perspectiva, os riscos mais significativos para as vendas do varejo, assim como para a economia do Brasil de maneira geral, são originados das condições globais, as quais estão enfrentando sua fase mais turbulenta em muitos anos. 

O potencial declínio na atividade chinesa — em conjunto com a manutenção de taxas de juros elevadas nas economias do Ocidente, as quais devem perdurar por períodos mais prolongados em virtude da resiliência da economia americana — continuará sendo o foco principal de preocupação para as vendas do varejo.

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