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Written by 14:26 Gestão, Operações

Expectativas para o mercado de crédito em 2022

Entenda as expectativas para o mercado de crédito em 2022. Veja a importância do crédito para as empresas, o atual cenário do país e as tendências para o próximo ano.

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Expectativas para o mercado de crédito em 2022

TL;DR Quais as expectativas para o mercado de crédito em 2022? Veja, neste conteúdo, a importância do crédito para as empresas, o atual cenário do país, as tendências para o próximo ano e a importância da tecnologia na esteira de crédito.

Atualmente, a disponibilidade de crédito é a principal ferramenta para que um empresário possa investir na expansão de seu negócio. Esse modelo é fundamental para todos os setores, seja construção civil, agronegócio, energia ou varejo e é o que impulsiona a economia não apenas do Brasil, mas em todo mundo. Assim, a política financeira de liberação de crédito é a mola propulsora de muitos mercados. 

Contudo, ao comparar o país com outras nações, estamos entre os piores para realizar operações de crédito, sendo avaliado como o 104º lugar em burocratização, na pesquisa que avaliou 190 países, com a metodologia do Doing Business, realizada pelo Banco Mundial.

O cenário atual do mercado de crédito brasileiro 

Desde o plano real, a economia brasileira vem se desenvolvendo e buscando uma estabilidade. Esse equilíbrio econômico é fundamental para os créditos de longo prazo e o Brasil vinha trilhando um bom caminho em relação a isso. 

Assim, é inegável dizer que a disponibilidade do crédito tem uma grande relevância na economia brasileira. A partir da pandemia, em 2020, essa disponibilidade foi ainda mais importante para manter as empresas em pleno funcionamento. Dessa forma, no período, a concessão de crédito pelos bancos brasileiros atingiu recorde. 

Segundo um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do Banco Central, o saldo de crédito entre março de 2020 e março de 2021 foi de R$ 4,5 trilhões, uma média de R$ 347,3 bilhões por mês.

Porém, as taxas de juros de curto prazo tiveram que ser colocadas pelo Banco Central em um patamar menor, pois a economia exigia um estímulo. Passado o período crítico, a estimativa era de que a taxa Selic voltasse para 7,5% ou 8%. Contudo, outros fatores impactaram essa meta e o valor esperado para 2022 é 10% a 10,5%. Ou seja, com a depreciação da moeda brasileira, há uma aceleração da inflação e o aumento dos preços das commodities no mercado internacional.  

A relação das empresas com a concessão de crédito 

A concessão de crédito é uma das ferramentas necessárias para as organizações realizarem investimentos e promoverem crescimento ou realizar o pagamento de dívidas, em épocas difíceis, como a vivida recentemente. Contudo, esse acesso ainda não é facilitado. Em uma  pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo  (FIESP), em 2017, das 403 empresas que tentaram obter financiamento com o BNDES, 45% não conseguiram aprovação de crédito. 

Os motivos mais comuns para a não aprovação do crédito foram o excesso de exigências quanto à documentação e a falta de garantias ou exigências de garantias muito elevadas. Isso se intensifica ainda mais em casos de pequenas e médias empresas, que normalmente, são as que mais precisam. 

Atualmente, segundo a XP, o saldo do crédito brasileiro pode ser subdividido em categorias principais, sendo pessoa jurídica representando 38% dos empréstimos, pessoa física que atinge 57% e agências governamentais com 5%. No segmento de crédito corporativo, o principal destaque positivo é a linha de crédito imobiliário, enquanto o destaque negativo é a linha de Capital de Giro. Assim, para uma retomada, é importante que a taxa de juros fique mais baixa e a  inflação seja controlada. 

Tendências para o mercado de crédito em 2022 

Nos últimos anos, o mercado de crédito brasileiro vem passando por transformações, como a autorregulação, LGPD, open banking e outras mudanças. Um dos destaque vai para as fintechs, que desde que começaram a ser instaladas no Brasil, em 2012, vem ganhando espaço entre os clientes. 

Atualmente, já são 95 companhias do gênero ligadas a empréstimos, contudo vale destacar que a maior parte do mercado ainda está restrita aos grandes bancos e instituições financeiras. De acordo com o Banco Central, aproximadamente 68% do saldo credor está concentrado em bancos históricos, como Santander, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Caixa. Para diminuir a concentração bancária, o Banco Central tem o objetivo de conceder licenças para que empresas possam atuar como intermediadoras de empréstimo.

Além das fintechs, o país está construindo um sistema de crédito privado cada vez mais robusto de mercado de capitais e de dívida. Ou seja, esses fundos de crédito privado estão surgindo com operações estruturadas, lançando luz a outras opções, como compra de debêntures, LCI e LCA.  

Por fim, a tecnologia tem sido uma aliada para as instituições financeiras. Recentemente, a implementação do Pix — o meio de pagamento eletrônico instantâneo, gratuito e com segurança — e o Open Banking — o sistema de compartilhamento de dados bancários pessoais entre instituições — trouxeram mais liberdade e transparência para os usuários. 

Portanto, é possível concluir que o Brasil tem muita inteligência de crédito e uma grande expectativa de crescimento nos próximos anos. Afinal, o país soma 34 milhões de adultos que ainda estão desbancarizados. Os números são do levantamento do Instituto Locomotiva, realizado em janeiro de 2021.

A tecnologia no mercado de crédito brasileiro 

Na parte operacional dos bancos, a tecnologia também tem ganhado destaque, sendo um recurso importante para reduzir os riscos e os custos de contratação de crédito e realização de outras operações. A Docket é uma legaltech que ajuda na desburocratização de toda jornada operacional de bancos e instituições financeiras, de ponta a ponta. 

O Shopping de Documentos é um software que otimiza a jornada que depende de documentos, assim como as concessões de crédito. Para obter todos os documentos, como certidões e comprovantes, a Docket utiliza inteligência artificial para essas obtenções, gerenciamento e análise. Assim, operações que demoram até 90 dias para liberação, muitas vezes pela falta de documentos e sua organização, podem ser reduzidas para 10 a 15 dias com o uso do sistema. 

Com essas funcionalidades, a instituição financeira é beneficiada obtendo facilmente as informações, sem depender do usuário para entregar esses dados. Além disso, é possível  identificar rapidamente o status dos principais documentos, validando se é viável ou não a liberação do crédito. Os recursos também ajudam até o fim da operação, demonstrando a análise de pendências e o fluxo das informações, tudo em um dashboard intuitivo. 

Portanto, a solução é interessante tanto para o credor que consegue otimizar as operações, utilizar melhor os analistas de backoffice em ações estratégicas e, consequentemente, fazer mais concessões e, para o potencial cliente, que poderá ter acesso de forma simples e rápida ao crédito sem ter que se preocupar com burocracias e atrasos.

Gostou deste conteúdo? Para saber mais sobre o assunto, baixe agora nosso e-book sobre Crédito e Competitividade, que destaca soluções eficazes e tecnológicas para a esteira de crédito e quais as alternativas para aumentar o potencial competitivo do país. Para criar o material,  a Docket realizou uma entrevista exclusiva com Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central do Brasil e sócio da Tendências Consultoria Integrada.


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