Desafios e soluções para acelerar processos de recuperação de crédito em instituições financeiras
A recuperação de crédito é composta por um conjunto de processos com o objetivo de assegurar o pagamento de dívidas e créditos de pessoas físicas ou pessoas jurídicas às instituições financeiras. Para o credor, é uma forma de recuperar o dinheiro que deveria estar no caixa e garantir o retorno do crédito concedido, para o devedor, representa regularizar a situação atual, “limpar o nome” e retornar ao mercado de créditos e compras.
São inúmeros os motivos que podem levar à inadimplência:
- Desemprego;
- Aumento das taxas, impostos e contas recorrentes, como luz, água, telefone, gasolina etc.;
- Gestão ineficaz do devedor;
- Problemas de saúde;
- Um esquecimento;
- Ou, simplesmente, há os que atuam de má fé.
As instituições financeiras desenvolvem uma série de análises minuciosas para determinar as probabilidades de riscos, de recuperação de crédito e de métodos de cobrança desde o início dos anos 90.
Geralmente, estas análises podem ser divididas em dois critérios principais: julgamentais, estatísticos ou os dois conjuntamente.
A análise julgamental é subjetiva e resultado das informações obtidas desde a concessão do crédito e durante todo o período relacionado ao trato, baseada nas experiências anteriores e na política de cobrança da instituição.
Já, a análise estatística é mais objetiva, capaz de quantificar o risco de crédito e determinar as probabilidades da recuperação deste crédito e a metodologia de cobrança, a partir de um estudo sobre o devedor, que envolve dados, operações financeiras, relacionamento com a instituição, entre outras informações que resultam no collection scoring.
Desde meados da década de 1990, os bancos brasileiros começaram a desenvolver e a utilizar modelos estatísticos com o objetivo de quantificar o risco de crédito, criando alternativas à análise de crédito tradicional e estritamente subjetiva (Zendron, 2006).
Além da diminuição dos problemas associados à assimetria de informações, as instituições financeiras possuem incentivos ligados à redução de custos e ao estabelecimento de contratos mais ajustados ao perfil do cliente, reduzindo perdas financeiras com a inadimplência e a impossibilidade de recuperação do crédito.
Assim, os bancos buscam modelos de análises cada vez mais estatísticos, com a finalidade de identificar antecipadamente o potencial de complicação de uma operação financeira e evitar assimetrias que podem ocorrer com análises subjetivas.
Uma forma comum de estratégia de cobrança pode ser realizada em três passos:
- Contato telefônico da empresa de cobrança com o devedor, com o objetivo de propor uma renegociação do empréstimo;
- Caso o contato telefônico não seja efetivo, a empresa de cobrança pode enviar seus funcionários na casa do devedor;
- Caso nenhuma das opções anteriores surta efeito, pode ocorrer de acionar a Justiça contra o tomador dos recursos.
Quais os benefícios da recuperação de crédito?
De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc), o mercado de recuperação de crédito no Brasil movimenta cerca de R$ 8 bilhões por ano no Brasil.
Além de aquecer a economia, oportunizar o fomento ao crescimento de empresas e aumentar o poder de compra, este segmento gera 300 mil empregos, além de mais de 15 mil empresas de cobrança prestadoras de serviços aos bancos e financeiras.
O bom relacionamento com as instituições financeiras é indispensável para qualquer pessoa física ou jurídica. Afinal, a obtenção de crédito pode colaborar imensamente com uma empresa que deseja ampliar as suas oportunidades de crescimento, mas que não possui capital de giro suficiente para investir. Com a obtenção de crédito, é possível adquirir novos equipamentos, marketing, bem como na aquisição ou aluguel de um espaço físico.
Por outro lado, o credor também é beneficiado com a recuperação de crédito, já que, como mencionado antes, é o retorno do valor que deveria constar no caixa e, consequentemente, a redução dos juros. Da mesma forma, uma renegociação amigável pode preservar a carteira de clientes.
Desafios nos processos de recuperação de crédito
A burocracia é, sem dúvida, um dos principais desafios para a recuperação de crédito, tanto por parte do devedor quanto do credor.
São inúmeros processos e documentações que devem ser resgatados e estudados para cada etapa da negociação da dívida:
- É preciso um sistema capaz de identificar os inadimplentes;
- Identificar os motivos da inadimplência;
- Estudar as possibilidades de renegociar prazos e condições de pagamento de uma forma amigável para evitar possíveis desgastes com processos judiciais e ainda mais inadimplência;
- Demora na obtenção de documentos para a execução;
- Processos manuais e descentralizados;
- Resgatar documentos em órgãos expedidores e cartórios distantes ou de difícil acesso;
- Dependência de documentos vindos de terceiros.
Entre muitas outras adversidades que podem ocasionar atrasos nos prazos, gastos desnecessários, imprevisibilidade orçamentária, desperdício de tempo da equipe, que tira a atenção do core business em busca de documentação e realização de processos repetitivos.
Mesmo assim, é possível conseguir fazer todas as operações de crédito funcionarem de forma fluida, rápida e eficiente, garantindo o prazo correto e lucro.
Cada vez mais, a tecnologia colabora com a eficácia dos processos de crédito, e isso já é realidade no Brasil, graças às legaltechs como a Docket, uma startup que traz mais celeridade aos processos burocráticos.
Como a tecnologia colabora com a recuperação de crédito?
Com o objetivo de colaborar com o crescimento econômico do país, a Docket investe constantemente em inovações que garantem a eficiência e facilitam operações financeiras. A startup é capaz de buscar mais de 200 tipos de documentos e certidões de todo o Brasil, com a geração de relatórios completos que permitem o controle total do fluxo de documentos por meio de um dashboard simples e funcional. Além disso, a empresa tem uma ferramenta para pesquisa de bens e gestão de alvarás e licenças em todo território nacional.
Em tempos de pandemia e, especialmente, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrando em vigor no Brasil neste segundo semestre de 2020, é possível observar a necessidade da digitalização de processos e operações.
E a tecnologia tornou-se a melhor opção para otimizar recursos e potencializar o crescimento em busca da eficácia e do melhor custo-benefício.
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