TL;DR Em 2021, o setor do agronegócio cresceu e se desenvolveu, estreitando ainda mais a relação com o mercado financeiro. Assim, cada vez mais o setor realiza operações de crédito, investimentos e IPO na bolsa de valores Entenda, neste conteúdo, a relação dos dois setores.
O agronegócio brasileiro bateu um novo recorde. De janeiro a outubro de 2021, o setor movimentou US$ 102 bilhões com exportações, superando o recorde de US$ 101 bilhões em 2018.
Conforme o agronegócio se desenvolve no Brasil, mais o setor estreita suas relações com o mercado financeiro. Nos últimos anos, o volume de operações financeiras para alocação de capital no agronegócio só cresceu. Em consequência disso, novas opções de crédito e operações foram surgindo com o objetivo de estimular o setor.
Dessa forma, seja na renda fixa ou variável, com fundos ou na compra de ações, o mercado financeiro e o agronegócio estão juntos no desenvolvimento econômico brasileiro.
Os avanços do agronegócio em 2021
Segundo dados da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o PIB do agronegócio deve crescer 9,37% em 2021 e até 5% em 2022. O indicador é calculado em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), levando em conta tudo que é movimentado dentro e fora da porteira. Ou seja, desde insumos agrícolas, passando por agroindústria e serviços.
Em 2021, o setor do agronegócio se desenvolveu e estreitou ainda mais os laços com o mercado financeiro. Um dos motivos foi a nova Lei do Agro e as novas perspectivas da cédula de produto rural ocorridas em 2021. Agora, além da produção primária, também poderão ser objeto de uma CPR os produtos oriundos do primeiro processamento dessa produção. Ou seja, com a mudança, é possível fazer uma CPR de soja ou do farelo de soja.
Além disso, a regulamentação da CPR Verde abre possibilidade para o produtor ser remunerado pela preservação da reserva legal e conservação do bioma. Ou seja, o produtor poderá ser remunerado pela prestação dos serviços ambientais e manutenção do meio ambiente. Segundo o programa Brasil Mata Viva, o potencial do mercado é superior a R$ 30 bilhões.
Assim, é possível dizer que o agronegócio caminha para uma década de ouro com a consolidação de programas verdes, além da sua importância no cenário alimentar mundial. Segundo o estudo da Embrapa, o agro brasileiro alimenta 800 milhões de pessoas no mundo. Com uma tendência de aumento da população mundial nos próximos anos, a importância do mercado brasileiro também cresce.
O mercado financeiro e o agronegócio
Até novembro de 2021, o mercado de capitais no Brasil contava com 40 novas companhias que fizeram a sua Oferta Pública Inicial (IPO) e 27 outras empresas que ainda estão na fila para estrear na bolsa. Porém, somente algumas delas são do setor do agronegócio.
Atualmente, o agronegócio representa cerca de 26% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mas ocupa menos de 2% da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Embora ainda tenha pouca participação na bolsa, a expectativa é que nos próximos anos as empresas do agronegócio se desenvolvam e passem a ser negociadas na B3.
Além disso, os produtos financeiros do agro também estão em alta. Na renda fixa, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são opções para investidores. Para os perfis mais conservadores, as LCAs são mais indicadas, sendo isentas de Imposto de Renda e cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Já os CRAs são opções também isentos de Imposto de Renda, mas possuem um risco maior, pois não costumam ter proteção do FGC.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), houve um aumento de mais de 20% no volume de emissões de CRAs nos últimos 12 meses encerrados em outubro ante o mesmo período do ano anterior.
Na renda variável, as aplicações em fundos de investimento têm despertado interesse do setor. Em agosto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) liberou a entrada de Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), ampliando ainda mais as possibilidades de os investidores colocarem capital no agronegócio.
Esses investimentos são geridos por bancos e distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVMs) e os recursos são usados na compra de imóveis rurais e no financiamento da produção agroindustrial. Além dessa opção, a B3 também oferece papéis de ações voltados exclusivamente para o agronegócio, tanto na produção agrícola quanto na pecuária.
As soluções da Docket nas operações desses setores
Tanto o mercado financeiro quanto o mercado do agronegócio realizam diariamente operações que necessitam de documentação. No caso do agro, desde os trâmites para realizar uma exportação até um due diligence para oferta pública inicial, a esteira do processo é complexa e duradoura. Nesses casos, a burocracia e complexidade impactam no tempo de andamento e, consequentemente, aumento de custos.
Para otimizar essas esteiras, a Docket desenvolveu um software que operacionaliza todos os processos que necessitam de documentação. Utilizando infraestrutura tecnológica e com ajuda de inteligência artificial, o Shopping de Documentos é a solução para otimizar as jornadas operacionais.
Com mais de 15 funcionalidades, o sistema ajuda na obtenção de documentação, controle dos dados e análise do status das informações. Os recursos, como tracking dos documentos, R.E.A e alerta de pendências também ajudam até o fim da operação, demonstrando de modo simples e intuitivo o fluxo do processo, tudo em um dashboard intuitivo.
No dia 15 de dezembro, a Docket participa do 3º Workshop de Inovações Financeiras do Agronegócio. Estaremos no ciclo VII, que acontece de 15h30min às 16h45min, a transmissão ocorre no canal do YouTube da Enagro e o evento é gratuito. Participe também e venha enriquecer a discussão sobre o tema.